Quem já não sentiu um calafrio ao ouvir a frase Precisamos conversar? É como um alarme disparado em alto e bom som. Não, nem o som é bom. É um tilintar em cristal já partido. É o desafinar de vozes que já se agridem.
Diálogo é a solução. Pelo menos, é o que escutamos desde o berço. Sem conversa, não tem jeito, tudo fica no ar, engano e dor. Esclarecer os pontos de vista e conhecer os obstáculos existentes ainda parece ser a melhor tática.
Então, o parceiro chama para uma conversa. Por alguma razão, você desvia do momento crucial. Deixa o tempo passar para ver se aquela ameaça some no ar. Quem sabe tudo desapareça sem necessidade da tal conversa? Mas não passa e a hora chega.
Mais sensato seria ouvir o que o outro tem a dizer e não sair concluindo tudo com pedras na mão e formando outras nos rins. Olhar com interesse para as dúvidas apresentadas, desenhar mapas se preciso for para se chegar a um ponto comum. Sair da mesmice do não querer fazer nada para mudar. Tem que mudar sim, o tempo todo. Caso contrário, cria limo.
Aceitar a verdade alheia não configura na mais fácil das missões. O que não casa com o seu entendimento sempre fará coçar como um desapontamento. Onde está a perfeição que eu antes encontrava aqui? Aquela sintonia que mais parecia telepatia?
Agora, temos de conversar. Falar e falar de algo que incomoda a um dos dois, talvez a ambos. O pior é quando não se sabe qual é o problema, só que há um problema. A famosa DR, discussão da relação, acontece quando necessário ou quando a paciência acabou de vez? Acho que precisamos sentar e conversar sobre isso.
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